quinta-feira, 21 de abril de 2011

O que são Imunoglobulinas?

        Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas (Ig), são moléculas que agem na defesa do organismo e são produzidos pelos plasmócitos, células formadas a partir da diferenciação dos linfócitos B. Os anticorpos reconhecem especificamente os antígenos microbianos, neutralizam a infecciosidade dos micróbios e marcam os micróbios para a eliminação pelos vários mecanismos efetores, como por exemplo, os fagócitos que eliminam grânulos contendo substâncias com atividade microbicida.

        Podemos identificar cinco classes de anticorpos: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE:

IgM, IgA, IgG, IgD e IgE

  • A IgM que tem a resposta imune primária, alto peso molecular, restrita ao espaço intra-vascular e faz a defesa no sangue.
  • A IgD que é o BCR no Linfócito B.
  • A IgG que possui 4 subclasses, IgG1, IgG2, IgG3, IgG4. Estão presentes no sangue, linfa, líquido peritonial, LCR.
  • A IgA que é encontrada nas secreções externas - muco, suor, lágrima, saliva, líquido gástrico, colostro.
        Tem como função impedir a patógenos de penetrar nas superfícies epiteliais, defesa TGI e trato respiratório.


        A IgE tem alto atópicos e infecções parasitarias, baixo nível no soro, alta afinidade para receptoras de mastócitos e basófilos, estes liberam a heparina, leucotrienos e histamina, que tem alto fluxo e permeabilidade capilar.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Imunidade Humoral

        A imunidade humoral (humor = fluido corporal) está relacionada aos anticorpos presentes no sangue e na linfa.

        Ao nascer, uma criança já recebeu de sua mãe, através de placenta, anticorpos prontos, obtendo ainda outros durante a amamentação.




        Ao longo da vida, diversos anticorpos são formados, e desse processo participam os linfócitos B.

        Tais linfócitos são produzidos na medula óssea e passam para a corrente sanguínea já amadurecidos, com anticorpos expostos em sua membrana plasmática. Cada linfócito B produz apenas um tipo de anticorpo. Assim, no meio dos linfócitos B que circulam normalmente no corpo já existem vários anticorpos já prontos.


        A resposta humoral desencadeada contra um antígeno não é eficaz contra outro. Os anticorpos que atacam o vírus da rubéola não atacam o vírus do sarampo; os anticorpos que protegem o organismo contra a catapora não o protegem contra a caxumba.

        Um fato bastante conhecido ocorre quando adquirimos certas infecções (como a rubéola). Depois da cura, dificilmente voltamos a contraí-las. Dizemos que essas doenças “deixam imunidade”.

        Em uma segunda exposição a um determinado antígeno, a produção de anticorpos tem desencadeamento diferente daquele que se segue á primeira exposição. Na segunda exposição, os anticorpos são produzidos mais rápida e intensamente.

        Após um primeiro contato com o vírus da rubéola, o organismo de uma criança irá demorar algumas semanas para produzir anticorpos em níveis neutraliza dores (resposta primária) e deverá manifestar a doença. Em segundo contato com o mesmo vírus, a produção de anticorpos será muito mais rápida e intensa (resposta secundária), inativando-o antes que ele tenha tempo de causar sintomas.

        Os anticorpos são bastante ativos contra patógenos extracelulares, como a maioria das bactérias. Por serem parasitas intracelulares, os vírus oferecem maior dificuldade para ser destruídos, e a ação dos anticorpos é menos eficaz. Para destruir vírus, algumas células de defesa atacam e destroem as células que eles estão parasitando ou atacam os vírus no momento em que eles deixam as células parasitadas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Apresentação Antigênica

        É o processo pelo qual o antígeno é apresentado aos linfócitos de forma que eles o possam reconhecer. Isso é realizado por células apresentadoras de antígeno (APCs). Alguns antígenos exigem processamento prévio para serem reconhecidos. O processamento de antígenos consiste na ingestão e digestão parcial do antígeno pela APC, seguida pela apresentação dos fragmentos na superfície celular.


        As células apresentadoras de antígenos (APCs), especializadas em apresentar antígenos via MHC (locus do genoma onde encontram-se genes extremamente importantes para o sistema imune, auto-imunidade e para o sucesso reprodutivo), incluem as células dendríticas, os macrófagos e as células B (linfócitos B). As Células dendríticas são encontradas nos tecidos linfoides e possuem um papel importante na apresentação de vários antígenos. Os macrófagos são especializados em internalizar e apresentar antígenos em suspensão. As células B possuem receptores antigênicos (IgM) permitindo internalizar grandes quantidades de antígenos (epítopos) específicos e apresentá-los para células T. A apresentação de antígeno estimula as células T a se tornar linfócitos CD8 citotóxicas ou linfócitos CD4 auxiliares. É importante lembrar que os Linfócitos CD8 ou citotóxicos destroem as células infectadas através de mecanismo de apoptose, que é a morte celular programada e os linfócitos CD4 ou auxiliares são os intermediários da resposta imunitária que proliferam após o contato com o antígeno para ativar outros tipos de células que agirão de maneira mais direta.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Princípio da Aglutinação

      Esse princípio é bastante usado na determinação da tipagem sanguínea. A tipagem é bastante usada em todos os transplantes porque nenhum tipo de enxerto sobreviverá se houver incompatibilidade ABO entre o doador e o receptor. Anticorpos IgM naturais específicos contra antígenos dos grupos sanguíneo ABO causarão rejeição. A tipagem sanguínea é realizada misturando-se as hemácias de um paciente com soros padronizados que contenham anticorpos anti-A, anti-B ou anti-Rh. Se o paciente expressar qualquer um desses antígenos sanguíneos, o soro específico para aquele antígeno aglutinará as hemácias.



      Para esse teste de tipagem é necessário que seja colhido do paciente uma amostra de sangue e misturá-la com os soros anti-A, anti-B e Anti-Rh. Se o sangue aglutinar apenas com o soro anti-A, o sangue é do tipo A, se o sangue aglutinar apenas na presença do soro anti-B, o sangue é do tipo B, se o sangue aglutinar na presença dos dois soros (anti-A e anti-B), o tipo sanguíneo é AB e se o sangue aglutinar na presença do soro anti-Rh, o soro é Rh positivo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Imunógenos e Antígenos

        Imunógenos são moléculas capazes de desencadear uma resposta imune adaptativa após sua introdução em humanos ou animais, ou seja, é qualquer substância que possa gerar uma resposta imune específica.

        É importante lembrar que existem diferenças entre um imunógeno e um antígeno. Antígenos são substâncias que podem se ligar a um determinado anticorpo. Logo, todos os antígenos têm o potencial de induzir anticorpos específicos, no entanto alguns precisam se ligar a algum imunógeno para poder fazer isso. Isso quer dizer que todos os imunógenos são antígenos, mas nem todos os antígenos são imunógenos.

        Às vezes o que pode fazer com que um antígeno não seja um imunógeno é a reação cruzada, definida como a ligação de um anticorpo com um outro anticorpo que não o imunógeno que desencadeou a resposta imune.

TRABALHO DE SALA

      Na sala foi feito a análise de dois casos. O primeiro caso foi o dos ratinhos que tinham problemas na produção de resposta imune. Um rato tinha deficiência na produção de células de defesa na medula óssea, e o outro tinha problemas na maturação dos linfócitos T no timo. Foi feito uma troca, um dos ratos recebeu um transplante de medula óssea do outro rato e o outro ratinho recebeu um transplante de células do timo do outro rato. Após isso percebeu-se que ambos os ratos não apresentavam mais deficiência em produzir resposta imune e após um transplante de pele não houve rejeição do tecido, pelo fatos de que os sistema imunológicos dos ratos foram compartilhados e o organismo dos mesmos passou a encarar como self o tecido transplantado.
      O outro caso foi o de Márcio, que provavelmente contraiu uma doença sexualmente transmissível, tendo apresentado vesículas no órgão genital, linfonodos inchados próximos à infecção e aumento na taxa de anticorpos. Quando o corpo é invadido por microorganismos, os linfócitos dos linfonodos, próximos ao local da invasão, começam a se multiplicar ativamente para dar combate aos invasores. Com isso, os linfonodos incham, formando as ínguas. É possível, muitas vezes, detectar um processo infeccioso pela existência de linfonodos inchados.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Papel dos órgaos Linfoides Secundários na Resposta Imunológica Adaptativa

        Os órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço e vários tecidos linfoides associados a superfícies mucosas) são especializados na captura do antígeno para possibilitar o inicio das respostas imunes adaptativas e fornecer os sinais que ativam os linfócitos circulantes.

      
        Quando a maturação dos linfócitos B e T se completa eles entram na corrente sanguínea e migram para os órgãos linfoides secundários. Ao entrarem em contato com algum antígeno, que foi apresentado pelas células apresentadoras de antígeno, esses linfócitos são ativados e iniciam as respostas imunes adaptativas como produção de anticorpos pelas células B (plasmócitos), anticorpos esses que irão neutralizar os antígenos e sinalizar para as células fagocitárias, destruição de células infectadas pelos linfócitos citotóxicos, bem como produção de memória imunológica.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Órgãos Linfoides Primários e Secundários

        Os tecidos linfoides são classificados em órgãos geradores, também chamados órgãos linfoides primários, onde os linfócitos expressam inicialmente os receptores de antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funcional, e em órgãos periféricos, também chamados órgãos linfoides secundários, onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e desenvolvidas.

        Os órgãos linfoides primários incluem a medula óssea e o timo. Na medula óssea são geradas todas as células sanguíneas circulantes do adulto, incluído os linfócitos imaturos, sendo o local em que as células B amadurecem. O timo é o local onde as células T se desenvolvem e atingem um estado de competência funcional.


        Os órgãos linfoides secundários incluem os linfonodos, o baço, o sistema imunológico cutâneo e o sistema associado às mucosas. Os antígenos são transportados para os linfonodos principalmente pelos vasos linfáticos. As repostas imunológicas adquiridas aos micro-organismos que entram pelos epitélios ou que são encontrados em tecidos são iniciadas nos linfonodos. O baço é o principal local de respostas imunológicas a antígenos provenientes do sangue. O sistema imunológico cutâneo, a pele, contém um sistema imunológico especializado constituído de linfócitos e células apresentadoras de antígeno (APCs). As superfícies mucosas dos tratos gastrointestinal e respiratório são colonizados por linfócitos por linfócitos e APCs que iniciam as respostas imunológicas contra os antígenos ingeridos ou inalados.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Relação entre Opsonização e Fagocitose na Resposta Natural

A Opsonização é um processo pelo qual as proteínas opsoninas ligam-se à superfície de bactérias ou outros patógenos, facilitando o seu reconhecimento por receptores específicos de opsonina sobre a superfície do fagócito ajudando a digestão dos mesmos pelos neutrófilos. As melhores opsoninas são o componente C3b do complemento, a Proteína C-reativa e o anticorpo. O anticorpo é um bom exemplo do sistema imunológico específico direcionando a imunidade natural.

Processo de opsonização em 3D

        Sem a presença das opsoninas a fagocitose se torna praticamente ineficaz, visto que elas revestem os microrganismos e aumentam a capacidade de englobamento pelos neutrófilos. Na superfície dos neutrófilos existem receptores para opsoninas que formam uma espécie de ponte, ligando a célula e o microrganismo, isso facilitará a eliminação de agentes patológicos e, consequentemente, protegerá o corpo de possíveis doenças.